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sexta-feira, 12 de junho de 2009

Projeto NURC ( Projeto de Estudo da Norma Lingüística Urbana Culta )



SÍNTESE DA HISTÓRIA DO PROJETO NURC
texto de Luiz Antônio Silva


Juan Lope Blanch, professor da Universidade Nacional Autônoma do México, foi o autor da proposta de organização de um grande projeto coletivo, a fim de descrever a norma culta no espanhol falado. A proposta foi apresentada durante o II Simpósio do PILEI (Programa Interamericano de Lingüística e Ensino de Idiomas), em agosto de 1964, em Bloomington, nos Estados Unidos da América. Assim nascia o "Proyeto de Estudio Coordinado de la Norma Lingüística Culta de las Principales Ciudades de Iberoamérica y de Península Ibérica".

Desde o início, já se pensava em estender o "Proyeto" às comunidades de língua portuguesa. Em janeiro de 1968, por ocasião do IV Simpósio do PILEI no México, o Prof. Nélson Rossi, da Universidade Federal da Bahia, apresentou o trabalho "O Projeto de Estudo da Fala Culta e sua Execução no Domínio da Língua Portuguesa". Nesse estudo, o Prof. Nélson Rossi ressaltou que, diferente dos países de língua espanhola, no Brasil, o "Proyeto" não poderia limitar-se à capital do país nem ao Rio de Janeiro. Ele sugeriu que o "Proyeto" abrangesse as cinco principais capitais com mais de um milhão de habitantes: Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

Em janeiro de 1969, durante o III Instituto Interamericano de Lingüística, promovido em São Paulo pelo PILEI, foi instalado o "Proyeto" no Brasil. Foi acertado que, para se instalar esse projeto, haveria necessidade de se escolherem os responsáveis pelo trabalho em cada uma das cinco cidades.

O projeto previa três etapas: gravações, transcrição e análise do corpus, conforme um Guia-Questionário. Inicialmente, eram previstas 400 horas de gravação, selecionando-se 600 informantes (300 do sexo masculino e 300 do sexo feminino) com nível superior de escolaridade, nascidos na cidade sob estudo ou residentes aí desde os cinco anos de idade, filhos de nativos de língua portuguesa, de preferência nascidos na cidade sob pesquisa.

Os informantes foram distribuídos em três faixas etárias:

    • 1ª faixa etária: de 25 a 35 anos de idade (30%);
    • 2ª faixa etária:de 36 a 55 anos de idade (45%);
    • 3ª faixa etária:mais de 56 anos de idade (25%).

Quanto à natureza, as gravações foram divididas em quatro tipos:

    • 1º - Gravações secretas de um diálogo espontâneo (GS): 40 horas (10%);
    • 2º - Diálogo entre dois informantes (D2): 160 horas (40%);
    • 3º - Diálogo entre o informante e o documentador (DID): 160 horas (40%);
    • 4º - Elocuções Formais (EF): 40 horas (10%).

No Brasil, as próprias exigências do Projeto, somadas às dificuldades naturais de se fazer pesquisa e os obstáculos para se conseguirem os informantes adequados, fizeram com que houvesse atraso na conclusão das gravações.

Em 1985, durante a XIII Reunião Nacional do Projeto NURC, realizada em Campinas, decidiu-se que as cidades intercambiariam 18 entrevistas de seu acervo com as demais cidades. Esse acervo constituiu-se o que se convencionou chamar corpus compartilhado.

O NURC/SP

Duas equipes de documentação trabalharam na constituição do arquivo sonoro do Projeto NURC/SP.

Até meados de 1984, a sala do Projeto ficava no CRUSP (Conjunto Residencial da USP). Ali eram guardados todos os materiais, inclusive o arquivo sonoro. Nesse ano, houve a invasão do conjunto, mas, graças à dedicação do Prof. Dino Preti, todo o material foi salvo da destruição. Com a construção do prédio de Letras, foi destinada uma sala para o Projeto NURC.

Com a dupla coordenação em São Paulo - Prof. Dino Preti (USP) e Prof. Ataliba Teixeira de Castilho (UNICAMP, hoje na USP) - o Projeto NURC/SP acabou tendo duas sedes, uma na Universidade de São Paulo e outra na Universidade Estadual de Campinas.

A equipe de São Paulo logo se posicionou contra o modelo de análise da equipe hispânica, pois o modelo do Guia-Questionário restringia-se aos aspectos da língua escrita. A partir daí, novos rumos foram sendo propostos para a análise dos dados lingüísticos do projeto NURC.

Em 1984, houve na UNICAMP um seminário com o Prof. Dr. Luiz Antônio Marcuschi, da Universidade Federal de Pernambuco, recém chegado da Alemanha, onde havia estado em contato com o importante grupo de Freiburg. Nesse seminário, foram discutidas normas para a transcrição do corpus e novas estratégias e perspectivas de análise, considerando aspectos próprios da língua falada. A partir de 1985, o Prof. Dino Preti constituiu um grupo permanente de pesquisadores que passou a estudar livros e artigos referentes à Análise da Conversação e sua aplicação ao material do projeto NURC/SP, subdenominando-se, esse grupo, Projeto Nurc/SP - Núcleo USP.

Esse grupo, com pequenas mudanças em seus integrantes, encarregou-se de transcrever o material do Projeto NURC/SP para publicação e posterior análise. O Projeto NURC/SP tem sido responsável por várias publicações. Num primeiro momento, a partir de 1986, foram publicados três volumes de transcrição do material e um volume de estudos. Num segundo momento, em 1993, foi iniciada a série "Projetos Paralelos", com a publicação de três volumes.

sábado, 30 de maio de 2009

A Viúva
Millôr Fernandes

Quando a amiga lhe apresentou o garotinho lindo dizendo que era seu filho mais novo, ela não pôde resistir e exclamou: " Mas como, seu marido não morreu há cinco anos?" "Sim, é verdade" — respondeu então a outra, cheia daquela compreensão, sabedoria e calor que fazem os seres humanos — "mas eu não".

MORAL: Não morre a passarada quando morre um pássaro.

Resposta: Chegar em casa e ver a mansão em que os políticos moram.

Pra onde vai nosso dinheiro ? Essa é a pergunta que todos nós fazemos, mas nunca encontramos uma resposta esclarecedoras, apenas cogitamos, e quando provado algum desvio de verba. os culpados sempre dão um jeito ou uma explicação 'cabível' pra justificar ou negar o fato. O povo precisa reagir e cobrar nossos direitos e o seus deveres, afinal foi para isso que os elegemos.

Essa semana vimos um político que já tinha mais de 60 multas por infrações no trânsito, se ele que está vivo, continuava circulando com o carro pelas ruas e não pagou a multa, quem dirá quem já morreu !

Meeu coração é rubro negro (L)


quarta-feira, 20 de maio de 2009

Bob Marley


Redemption Song (Canção da Redenção)


Velhos piratas, é, eles me roubaram

Me venderam para os navios mercantes

Minutos depois eles me jogaram no porão

Mas minha mão foi feita forte

pela mão do Todo-Poderoso

Seguimos nessa geração

Triunfantemente.


Você nao vai ajudar a cantar

Essas canções de liberdade?

Porque é tudo que já tive:

Canções de redenção

Canções de redenção


Emancipem-se da escravidão mental;

Ninguém além de nós mesmos pode libertar nossa mente.

Úh! Não tenha medo da energia atômica,

Porque nenhum deles pode parar o tempo

Por quanto tempo vão matar nossos profetas,

enquanto ficamos parados olhando?

É, alguns dizem que é só uma parte disso:

Temos que completar o livro.


Você nao vai ajudar a cantar

Essas canções de liberdade?

Porque é tudo que já tive:

Canções de redenção:

Essas canções de liberdade,

Canções de liberdade.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

' Me =)



Paramore


Aiiin, paramore no Brasil² seria perfeitoooo *-*
Hayley Williams (L)

Anacrônico - Pitty

São outros rostos, outras vozes interagindo e modificando você
E aí surgem novos valores,vindos de outras vontades,
Alguns caindo por terra, pra outros poderem crescer
Caem 1, 2, 3, caem 4, a terra girando não se pode parar.


sexta-feira, 27 de março de 2009

Que mundo é esse ?
Fernanda Santiago

Culturas, religiões, gostos, tudo muito diferente. Mas nesse mundo de meu deus; quem é que respeita quem?

Verdadeiras metamorfoses ambulantes, mas há quem diga que não muda de opinião, será isso certo ou ilusão?

Há quem sabe dialogar, mas há também quem tenha medo de mudar, paradóxicos, coincidências, todos formam uma consciência?

Tudo tão bonito na Tv; mas quem desce o morro encontra o sufoco,
Sufoco de quem quer ser alguém, sufoco de quem quer estudar, e a partir daí então, começar a trabalhar.

Mundos distintos, razões altamente desproporcionas, num mundo de ganhar ou perder, quem ganha pode mais.

Galinhas de Leonardo Boff abram suas asas e voem. A vida não se limita a um pequeno espaço, ouse mais, abuse do seu potencial, pois o saber é a única coisa que não nos podem tirar, e a vida, trilhando seu caminho continuará.


domingo, 15 de março de 2009

A minha alma - O Rappa

sexta-feira, 13 de março de 2009

A Águia e a Galinha (Leonardo Boff)

“Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei / rainha de todos os pássaros.
Depois de cinco anos, este homem recebeu a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:

– Este pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.
– De fato, – disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
– Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
– Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:
– Já que de fato você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!

A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.
O camponês comentou:
– Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
– Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.


No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurou-lhe:
– Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.
O camponês sorriu e voltou à carga:
– Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
– Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.

No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas.
O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
– Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra as suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.

Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez para mais alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento...”

 


quarta-feira, 11 de março de 2009

Catar feijão - João Cabral de Melo Neto

Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.


Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão
imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura
fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.